REVIEW: Pequenos Gângsteres
Divertido e nem tão despretensioso assim. Um filmes essencial pra quem não é estadunidense, mas ama a cultura Hip Hop de lá
Lançamento: 28/10/2016 (no Brasil)
Duração: 1h 20 min.Direção: Benjamin Weill
Com: Devi Couzigou, Victor Le Blond, Mathis Crusson, Sullivan Loyez
Gênero: Comédia, Drama
Nacionalidade: França
Quando você ouve falar de um filme chamado ''Pequenos Gângsteres" (West Coast no original), provavelmente venha à sua cabeça rápidos flashes de filmes como ''Perigo Pra Sociedade'', "Os Donos da Rua", "Kids" ou algum desses filmes dos anos 80/90 onde eram mostradas as vidas, desventuras e dramas de crianças ou adolescentes ligados de alguma forma à vida criminosa. Certamente esse filme, corresponderá a alguns desses flashes, mas de maneira bem leve, quase imperceptível, uma vez que o que vemos na tela é um misto de ''Garotos Brancos'' (Whiteboyz de 1999), ''Se Brincar o Bicho Morde'' (The Sandlot de 1993) e uma pitada leve de ''Mentes Perigosas'' (Dangerous Minds de 1995).
West Coast? Rap? França?
Para quem não tem conhecimento, a cena do rap é bem forte na França, assim como na Europa como um todo (tem muito artista bom na Inglaterra, Alemanha, Itália, Polônia, e por aí vai), e assim também é a cena cinematográfica. Fato é que, o cinema francês vem ganhando cada vez mais admiradores, seja pelo belo sotaque ou pela visão e estética diferentes do tradicional cinema hollywoodiano que nós já conhecemos.
Mas apesar disso, o filme retrata a vida de quatro pré-adolescentes que vivem num lugarejo na Bretanha, que fica no oeste da França (daí o West Coast, creio eu), mas que idolatram a cultura Hip Hop dos EUA, usando as gírias, estilo de roupa e citando vez ou outra os grandes nomes do rap norte americano.
Acredito que muitos leitores, assim como eu, podem até se identificar com esse jeito, relacionado-o à alguma época da vida (geralmente na adolescência, haha), quando começamos a viciar no tal rap gringo.
Mas apesar disso, o filme retrata a vida de quatro pré-adolescentes que vivem num lugarejo na Bretanha, que fica no oeste da França (daí o West Coast, creio eu), mas que idolatram a cultura Hip Hop dos EUA, usando as gírias, estilo de roupa e citando vez ou outra os grandes nomes do rap norte americano.
Acredito que muitos leitores, assim como eu, podem até se identificar com esse jeito, relacionado-o à alguma época da vida (geralmente na adolescência, haha), quando começamos a viciar no tal rap gringo.
Entre ''biatches'' (falado no sotaque francês, é uma beleza), bonés do Raiders, do Wu-Tang, e até maneiras de segurar uma arma, Cop Killer, Fle-O, Delete e King Kong vão vivendo suas vidinhas pacatas, se sentindo deslocados naquele lugar, até que em um dia na escola, sofrem aquele bullying de praxe, por parte dos cuzões outros garotos da sala, o que acarreta num plano de vingança, que inclusive envolve uma arma de fogo!
No desenrolar da trama, vários imprevistos que geram uma séries de pequenas histórias vão acontecendo, e SIM, "essa turminha vai aprontar todas e se envolver em altas confusões!"
É pra rir ou chorar?
Apesar do filme passar um ar de ''Sessão da Tarde'', ele deixa algumas margens para interpretações das mensagens por trás da história. Ao meu ver, o filme faz uma menção á falta de cuidado dos pais ao que os filhos estão expostos, e também à glorificação da violência que o rap americano sempre teve como uma característica forte, e como isso influencia a juventude, sobretudo a de outros países, que não entendem 100% da realidade do que é cantado nas músicas. Mas também não é um discurso apontativo, é mais uma interpretação que depende de quem assiste. Tente se divertir ao ver, acima de tudo.
Então, vale a pena assistir?
Desde que você não esteja esperando nenhum ''Boyz N The Hood'' au fromage, vale à pena sim assistir. O importante é você se deixar imergir na história do filme, e você vai acabar simpatizando por pelo menos um dos 4 garotos (cada um tem sua personalidade, e eles são bem diferentes entre si). É um filme mais leve do que o título sugere, mas é uma boa pedida se você é um fã de rap americano, porque em algum momento você vai acabar se identificando com alguma situação ou comportamento dos protagonistas.
Quanto á trilha sonora, ela tem algumas músicas francesas gostosas de ouvir (fugindo um pouco dos batidões de rap), e por incrivel que pareça. não tem muito rap na trilha sonora, se restringindo a quase uma mesma música o filme todo, mas que não deixa de ser uma música que combina com o filme. Se você está se perguntando, a música é ''Bitches'' do Insane Clown Posse com participação do Ol' Dirty Bastard. Eu particularmente não curto tanto o som do ICP, mas por conta desse filme, essa música entrou na minha playlist.
Então corre lá pra ver (tem na Netflix, a propósito), e se deixe imergir na proposta de um cinema diferente, de uma história simpática e de uma galera de uma ''west coast'' diferente da que conhecemos.
Quanto á trilha sonora, ela tem algumas músicas francesas gostosas de ouvir (fugindo um pouco dos batidões de rap), e por incrivel que pareça. não tem muito rap na trilha sonora, se restringindo a quase uma mesma música o filme todo, mas que não deixa de ser uma música que combina com o filme. Se você está se perguntando, a música é ''Bitches'' do Insane Clown Posse com participação do Ol' Dirty Bastard. Eu particularmente não curto tanto o som do ICP, mas por conta desse filme, essa música entrou na minha playlist.
Então corre lá pra ver (tem na Netflix, a propósito), e se deixe imergir na proposta de um cinema diferente, de uma história simpática e de uma galera de uma ''west coast'' diferente da que conhecemos.
Post a Comment